Ainda me lembro quando ouvi falar dela pela primeira vez. Um simples telefonema, uma troca de contatos e, de certa forma, já estávamos ligadas.
A primeira vez que a vi, não foi nos meus braços. Conheci seu irmão primeiro. Ele, infelizmente, teve que ficar para tras. Se coubesse a mim escolher, teria corrido com os dois!
Mas, teve que ser assim. Era esse o planejado... Fazer o que, afinal...
A verdade é que aquela bolinha de pelos barriguda, mal tratada que conheci, cresceu, no tamanho e na chatisse! Foram meses de intrigas, broncas, destruição, desrespeito, ameaças de despejo e por aí vai.
Mas, como acontece com todos, com ela também o tempo passou... e passou... e passou...
Ela amadureceu, ficou mais bem comportada, praticamente uma lady (ok, não vamos exagerar!). Um pouco mimada, é verdade (não que seja minha responsabilidade, claro!), mas encantadora, anyway.
Só que a passagem do tempo não traz apenas boas coisas... traz mudanças ruins também...
O corpo já está um pouco mais fraco, e os pequenos sinais da idade começam a aparecer. O pelo mais branco, a respiração um pouco mais pesada, e um ou outro sinal que aponta para algo possivelmente mais grave.
É difícil, a essa altura, não pensar negativamente... é difícil não lembrar, mas a verdade é que o dia em que subirei as escadas e não verei seu rosto está muito mais próximo do que o dia em que a conheci.
Queria não pensar nisso, juro que não queria. Mas esse dia vai chegar, infelizmente. Só espero conseguir lidar bem com a ausência dela, porque jamais alguém vai me olhar com aqueles olhos, ou sobrar as orelhas "abissalmente grandes" e deitar de barriga pra cima pra pedir agrado, ou dar pulinhos com as patas da frente pra pedir... mais agrado...
Porque a verdade é que ela é única, inesquecível e insubstituível!
Sem mais por hoje!
E sem música....
sábado, 28 de maio de 2011
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