quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Sem título...

As vezes, não sempre, todo mundo se sente um pouco fraco, incapaz. Pelo menos espero que todo mundo. Eu sei que eu sinto.

Você está lá, no banho, perdido em devaneios, inventando histórias que só existem na sua cabeça. Você é um personagem. Você interpreta um personagem. De repente você está sentado no chão do banheiro ou debaixo do chuveiro, e o choro que deveria ser falso parece que brota das entranhas e se torna mais real que a própria realidade.


A força toda desce pelo ralo, e a fraqueza domina cada célula do seu organismo. Nada mais de auto confiança ou daquela força e vibração que tantos elogiam. Não. Ali, sozinho, você tem alguns instantes para ser fraco. Alguns poucos instantes para se permitir clamar por socorro.

E você procura ao redor. Não com os olhos, mas com o coração (figurativamente falando). Toda sua essência busca por alguma forma de amparo, de apoio... que não existe.

Não é fácil se sentir sozinho quando você está cercado de pessoas. A solidão interna é infinitamente pior que a externa.

E você chora. Chora o quanto pode. E para. É preciso se erguer. É preciso dormir. E não da pra acordar com olheiras. Você não quer que as pessoas perguntem o que houve. Ou quer, mesmo sem querer, porque se perguntarem você vai dizer uma bobagem qualquer, e pronto. Tudo fica como estava antes.

Há tanto guardado dentro de si que deveria ser compartilhado. Aliviar o peso. Mas... para quem? Não há ninguém que te conheça. Que você confie. Que te entenda. Que não te julgue. Ninguém que te faça sentir a certeza de que pode, sim, abrir o coração e dizer tudo aquilo que te aflige.

E você segue. Se levanta do chão. Seca o corpo. Veste o pijama. Volta pro quarto. Pega o computador. Briga com a internet que não quer conectar. O celular vibra. É mais uma daquelas mensagens que nada de acrescentam, mas que ainda assim que fazem sorrir.... por fora.

Você desenterra uma página abandonada. Abre uma página em branco. Escreve. A dor ainda está lá. O vazio ainda está lá. Mas você já o forçou para dentro de novo. Você escreve sem uma lágrima sequer.

Amanhã o sol vai raiar, a alegria vai ser maior (ou não). E você segue com aquela sensação de: "o que é mesmo que se passa?"

É assim... você ainda se pergunta como chegou ao ponto em que está. Porque no fim de tudo você sempre se sente "deixado de lado".

Mas nunca, nunca mesmo, se deixe esquecer que há pessoas, poucas, mas ainda presentes, que se importam com você. E quem sabe, um dia, você encontre nelas (ou noutras) aquilo que procura. Talvez quando você mesmo descobrir o que é, afinal, que te falta.


É assim.

Pensa, e não sabe como terminar o texto.

Digita o último ponto final.

Publica.

Desliga o computador.

Responde às mensagens vagas no celular.

Talvez derrame mais uma lágrima.

E dorme, pensando que amanhã tudo vai ser igual, ou talvez diferente.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Dor...

Eu sonhei por tanto tempo com você, que com certeza já te amava desde antes de você nascer.

Quando vi teu rostinho pela primeira vez, o encantamento foi inegável, e aquela vontade de te ter comigo só fez crescer, e crescer.

Aos poucos fui deixando a emoção falar mais alto que a razão. Eu sabia, eu sempre soube, que trazer você comigo não era seguro. Que algo ruim poderia acontecer. Mas o coração falou mais alto.

Eu não podia, ou não quis, imaginar que quando te coloquei naquela caixinha, dentro do carro, eu estava te transportando para o lugar que seria o seu fim.

A primeira reação dela com você deveria ter sido o alerta de que minha decisão tinha sido errada, que algo ruim iria acontecer, e não iria demorar.

Um dia se passou, o segundo também, mas o terceiro não.

Eu tento mas não consigo não imaginar o que se passou com você naquele intervalo de tempo entre a porta se abrir e você encarar aquela que tiraria a sua vidinha, que mal havia começado.

Eu sei que ela não é um monstro, eu sei que a culpa do que aconteceu é muito mais minha do que dela. Mas porque você teve que pagar pelo meu erro?

Meu Petit, meu Peeta. Meu pequeno magricelinha de olhinhos azuis. Meu pestinha. Meu menino tão esperto.

Me desculpe meu amor, porque eu nunca vou conseguir me perdoar.

As poucas horas que passamos juntos foram motivo de grande alegria para mim, e eu te agradecerei por isso eternamente.

Eu te amo desde sempre, e te amarei para sempre!

Adeus PP!

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Eu gosto...

Se parar para pensar nas coisas que gostamos ou não, tem tanto a se lembrar.

Eu gosto do barulho do mar, mesmo que não goste da sensação da maresia.
Gosto do cheiro da terra em dias de chuva, mesmo que não goste de encharcar os sapatos.
Gosto do som da risada dos bebês, mesmo que não o escute com frequência.
Gosto de abraços inesperados, de sorrisos incontidos, das ligações que vêm apenas para dizer que estamos com saudades. Gosto de ter amigos, gosto de estar com meus amigos, gosto de amar meus amigos, mesmo que, as vezes, eu os sinta distantes.

Gosto de relembrar o passado, e imaginar mil possibilidades de futuro, mesmo que isso, as vezes, venha carregado de melancolia. Gosto dessa tristezazinha boba, e especialmente do momento em que ela vai embora.

Gosto de esperar o momento de te ver, e detesto quando ele é adiado!
Gosto de esperar que as coisas aconteçam, e ODEIO esperar que as coisas aconteçam.

Gosto de mim, mesmo que as vezes tenha vontade de fugir do meu próprio corpo.

Gosto de sonhar com um mundo diferente, mesmo sabendo que ele é irreal.
Gosto de viver os meus sonhos, mesmo que seja sozinha.

Gosto disso, não gosto daquilo.

Afinal, o que é gostar?

sábado, 28 de maio de 2011

Esse pequeno amor...

Ainda me lembro quando ouvi falar dela pela primeira vez. Um simples telefonema, uma troca de contatos e, de certa forma, já estávamos ligadas.





A primeira vez que a vi, não foi nos meus braços. Conheci seu irmão primeiro. Ele, infelizmente, teve que ficar para tras. Se coubesse a mim escolher, teria corrido com os dois!





Mas, teve que ser assim. Era esse o planejado... Fazer o que, afinal...





A verdade é que aquela bolinha de pelos barriguda, mal tratada que conheci, cresceu, no tamanho e na chatisse! Foram meses de intrigas, broncas, destruição, desrespeito, ameaças de despejo e por aí vai.





Mas, como acontece com todos, com ela também o tempo passou... e passou... e passou...





Ela amadureceu, ficou mais bem comportada, praticamente uma lady (ok, não vamos exagerar!). Um pouco mimada, é verdade (não que seja minha responsabilidade, claro!), mas encantadora, anyway.





Só que a passagem do tempo não traz apenas boas coisas... traz mudanças ruins também...





O corpo já está um pouco mais fraco, e os pequenos sinais da idade começam a aparecer. O pelo mais branco, a respiração um pouco mais pesada, e um ou outro sinal que aponta para algo possivelmente mais grave.





É difícil, a essa altura, não pensar negativamente... é difícil não lembrar, mas a verdade é que o dia em que subirei as escadas e não verei seu rosto está muito mais próximo do que o dia em que a conheci.





Queria não pensar nisso, juro que não queria. Mas esse dia vai chegar, infelizmente. Só espero conseguir lidar bem com a ausência dela, porque jamais alguém vai me olhar com aqueles olhos, ou sobrar as orelhas "abissalmente grandes" e deitar de barriga pra cima pra pedir agrado, ou dar pulinhos com as patas da frente pra pedir... mais agrado...

Porque a verdade é que ela é única, inesquecível e insubstituível!




Sem mais por hoje!


E sem música....

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

E porque a vida é assim...

Sabe.. é engraçado como conversas despretenciosas podem fazer com que nossa mente entre em um turbilhão quase inesgotável de pensamentos.

Ontem, tive uma dessas conversas... Com uma amiga... Sobre religião, crenças, etc..

Eu tenho muito poucas certezas nessa vida, mas uma delas certamente diz respeito à minha posição quanto à existência de deus, ou uma força superior que rege o mundo, ou qualquer outra definição que se queira dar: Não acredito, não me importo, não quero saber, simples assim.

Então, ontem, enquanto conversava com a amiga, ela me fez uma pergunta interessante. Meu momento atual, definitivamente, não é dos melhores. Já estive pior, é bem verdade, mas também já estive muito, MUITO melhor. E é nesses momentos difíceis que as pessoas costumam se apegar a deus, à igreja, à fé. E foi ai que entrou a dita pergunta... "Você não sente falta disso? De ter em quem se amparar, aonde buscar ajuda?".

Ok... não serei hipócrita ao ponto de dizer que não... é ÓBVIO que em momentos assim a gente pensa em todas as possibilidades. É óbvio que já passou pela minha cabeça: "será que se eu seguisse a deus, e pedisse, e orasse, as coisas estariam diferentes?".

Não tenho resposta para isso... não há como saber...

Quando disse isso à minha amiga ela retrucou com um "e por que você não tenta?".

Ora... essa seria a maior das hipocrisias... quer dizer... passei anos batendo o martelo e tendo dentro de mim a certeza de que nada disso existe, e agora só porque estou em um momento ruim, vou fingir que acredito pra ver se o cara la em cima me da uma força?

Pelo que me lembro das poucas aulas de catequese que efetivamente prestei atenção, deus ama os descrentes tanto ou mais quanto ama os crentes. Ou será que entendi errado?

Ou seja... se eu, de repente, começar a frequentar a igreja e entoar os hinos de louvor em busca de ajuda, e melhorias na minha vida, tecnicamente, não faz diferença. Porque, se deus existe e é realmente justo, e realmente abraça os descrentes, quer dizer que, por mais que eu sinceramente não acredite nele, ele estaria me ajudando anyway, ou será que entendi errado?

Tenho minhas próprias crenças, meu jeito de ver o mundo. E se eu tiver que mudar isso pra minha vida ficar melhor... bom... no meu lado do planeta, isso chama-se chantagem!!!! OUVIU VOCÊ AI EM CIMA, SE É QUE VOCÊ ESTÁ AÍ!


Sinceramente, nem sei porque estou escrevendo tudo isso. Veio à minha cabeça, e deu vontade de escrever. Mas, enfim...

É isso.


Sem música por hoje, porque estou sem imaginação.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Retrospectiva

Fim de ano se aproximando. Todo mundo naquele clima de celebração, de rememorar, de prometer... Isso me deixa incomodada, as vezes, mas tudo bem...

Vamos passar a limpo o ano que está a acabar...


Ao longo do ano não houveram tantas mudanças assim... Começamos o ano na praia, pulando as 7 ondinhas e toda essa baboseira. Não acho que tenha funcionado, como verão a seguir.


Eventos, agitos, encontros com amigos... talvez em menor número do que anteriormente, mas ainda presentes.

Aulas... demoraram para começar, mas foram em um número até razoavel. Tentando arrumar emprego, e não conseguindo... É... isso não mudou...

No ramo da amizade, as coisas ja foram melhores... Algumas esfriaram, perderam a força, ou se mostraram não serem reais. Outras começaram. Outras, ainda, ganharam força e força. Isso é muito válido.

Terminando o ano, familia reunida no natal. Tentativa frustrada de outro reveillon na praia - os ladrões levaram a casa inteira - e um desânimo quase incontrolável.


Agora... não tenho muito mais o que falar... resumirei o que meu ano teve de bom com algumas simples palavras:

- Família
- Brubs
- Bleidorn
- Takeds
- Drake
- Thomas
- Matthew
- Paulinho
- Felipe
- DAG


Obrigada!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Is not easy to say goodbye

Por que algumas coisas têm que ser assim, tão difíceis?

Quem dera algumas coisas da vida virtual pudessem ser aplicadas na vida real... Que tal deletar aquela fala errada, ou mesmo certa mas no pior momento?

Que tal poder mudar a imagem de pessoas e momentos? Que tal dar um simples toque em "buscar' e encontrar aquilo que tanto procura?

Que tal clicar em "encerrar conta" e acabar com todos os problemas de uma vez?

Não... não estou falando de "suicídio virtual". Estou falando de namoros complexos, relações sem definição, amores mal resolvidos...


Quem dera a vida fosse fácil como uma rede social... quem dera!


Não é facil deixar certas coisas para tras... Não é facil dizer "acabou", especialmente quando dentro de nós a vontade é de continuar, e continuar, e continuar, para sempre, e sempre, ou até 2012 rs...


Não é fácil... nada fácil!!!

Música: Drake Bell - Somehow
http://www.youtube.com/watch?v=F4qZCaszLrY (não está inteira a música, mas eu estava la, então dane-se!
Composição - Drake Bell

"She stares at the moon
Her ribbons out of tune
Memories of the past
At the bottom of her glass
And resting on her cheek
The imprint of his ring
A symbol of the weak
Commissioned by the king
Did he tie you down?
Did you make a sound?

She falls to her knees
Screaming God please
Make something of me
Cause I never wanted anything like what I wanna be right now
An angel again
An angel again somehow

She remembers his old boots
And the shotgun that he shoots
And all she could take
Lies at the bottom of a lake
So lift your cig and drag
As you figure out a plan
To hide it all away
How could she ever love this man
Did you weigh him down?
Did he make a sound?

And when you carry weight in your life (life)
And all the plans you make in your life (life)
The original decision was right


Did he tie you down?
Did you make a sound?
Did he weigh you down?
Did he make a sound"